Por Willian Gomes. ![]() Hoje sexta-feira, 11 de setembro, é celebrado o dia do Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro e savana mais biodiversa do planeta, vem sofrendo com o avanço do desmatamento nas últimas décadas, estima-se que mais da metade do seu território tenha sido degradado de alguma forma. Em 2020, completa vinte anos que o bioma passou a ser considerado uma das áreas prioritárias para conservação em escala global (hotspot). Nesse contexto de degradação, a restauração ecológica é apontada por muitos pesquisadores como melhor alternativa para restituir a biodiversidade e funções ecológicas perdidas com a degradação. O déficit de sementes nativas é considerado um dos grandes gargalos do processo de restauração ecológica não somente no Cerrado ou no Brasil, mas no mundo. Em razão do grande passivo ambiental do Brasil, são necessárias toneladas de sementes, seja para fazer mudas ou para semeadura direta. As sementes nativas fomentam a cadeia da restauração ecológica. Contudo, o papel das sementes não se limita apenas ao de insumo para atender o processo de restauração ecológica, mas desempenha uma função social muito relevante, levando renda para os atores envolvidos na coleta de sementes nativas. Existe a expectativa da geração de cerca de 30.000 empregos por ano até 2030 para pessoas que trabalham diretamente na coleta e beneficiamento de sementes nativas no Brasil. Uma das grandes lacunas desse processo é o coletor. Uma pergunta recorrente feita pelos restauradores é "Quem irá coletar as sementes?". Agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas e indígenas são encarados como público prioritário para desempenhar essa função chave na cadeia de produção de sementes nativas. Entretanto, para que isso aconteça na prática, é necessário um trabalho de transformação da mentalidade, especialmente na forma como o Cerrado é visto por essas comunidades locais. A experiência da VerdeNovo demonstra que, ao entender a importância do Cerrado e da possibilidade de geração de renda com o bioma, antes visto apenas como mato, essas pessoas se sentem motivadas para realizar a atividade de coleta e de conservar o Cerrado. O sentimento de pertencimento provocado pela atividade de coleta de sementes nativas, transforma essas pessoas em verdadeiros guardiões do bioma. Termino com uma reflexão, como empresas influenciamos de duas maneiras, manipular ou inspirar, escolhemos a segunda.
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Por Bárbara Pachêco. “Você é muito criativa. Queria que você só obedecesse.” Quando olho para o meu hoje e me pergunto: “onde nasceu essa mulher empreendedora?” sempre retorno ao momento que ouvi essa frase. Era um dia de trabalho normal e como sempre eu estava fazendo minhas tarefas diárias e pensando nas melhores soluções para os problemas tão diários de uma funcionária comum. Ao me deparar com mais um de tantos problemas, que requeriam uma solução rápida, decidi pelo pior caminho: solucionar. Que loucura não? Nesse dia, ao ouvir o que ouvi e ao me sentir como senti, decidi que minha vida precisava de um novo rumo. E não pense você que depois dessa conclusão linda eu cheguei em casa chutei o balde e fui ser feliz....aaaaaaah tá. Quem dera tudo fosse assim tão simples não é mesmo?! Como Alice que indaga o gato Cheshire: “pode me dizer qual caminho devo seguir?”. Eu comecei a me questionar e precisei de um certo tempo para ver que onde estava não me cabia mais. Seria muito injusto eu oferecer para o mundo somente uma obediência eterna e nada insurreta. Seria até mais fácil, mas eu simplesmente não sabia (e não sei) fazer somente isso. Demorou, pois tudo tem seu tempo. Precisei plantar tantos motivos para ir colhendo aquela força aos poucos. Quando encontrei o fruto no ponto colhi e segui. Hoje olhando para minha jornada entendo o papel daquela frase na minha vida... ali a semente dormente, que já estava em mim, foi despertada...e assim germinou a empreendedora. A VerdeNovo foi a revolução, a transgressão, o despertar. Em setembro de 2016 nasceu a Bárbara com um sobrenome que não era o de batismo: CEO. Quando fundamos a empresa muitas eram as dificuldades que se apresentavam na nossa frente. Falta de dinheiro, falta de estabilidade, falta de local de trabalho, falta de modelo de negócio, falta falta falta. Se listasse aqui todas as “faltas” que tínhamos vocês nos julgariam loucos. Talvez até sejamos né?! Mas quem disse que o mundo não precisa de um punhadinho de loucura rs. Os pensamentos limitantes não podiam ser o caminho, essa era a certeza maior e nisso focamos. Hoje já se vão 4 anos de história e tantas reconstruções. A VerdeNovo se tornou meu “ver de novo”. Os negócios são expressões das pessoas que os conduzem e assim precisam ser. Comigo e com a VerdeNovo não é diferente. Somos separadas em tantos sentidos (conta no banco, por exemplo rs), mas não posso dizer que não somos parte uma da outra. Talvez um alter ego e por isso é tão fácil não conhecer os limites que tantos me cobram. “Você trabalha muito, você não tem vida, você não para, você é inquieta demais”. Sim, tudo isso é real. Mas te pergunto: como não ser se esse foi o caminho que escolhi seguir e isso é o que sou?! Aqui faço um parêntesis para um fato divertido que vivi. Quando fui tirar meu visto para os EUA, aquela velha sonhada viagem para Disney (rs), me deparei com o julgamento sobre o que é ser empreendedora. O senhor entrevistador pegou meus documentos e começou toda aquela sequência de perguntas “quem você é de onde veio para onde vai”. Na hora que o assunto entrou no quesito profissão eu tinha certeza de que aquele balançar de cabeça me daria um belo “não”. O moço da embaixada iniciou o diálogo assim: “e você tinha um trabalho estável e virou empreendedora foi?”. Eu respondia “foi moço”; “como isso é possível, isso não tá certo...muito incerta sua vida, muito incerta”. Eu acredito que naquele momento eu dei um nó na cabeça daquele cidadão de fala sotaqueada e a cada resposta minha de “sim, virei empreendedora” ele simplesmente, como que incrédulo, balançava a cabeça. Tenho certeza que ele pensava “essa ai não volta da Disney é nunca. Vai ficar ilegal com certeza” (risos). A cada sinal negativo eu via meu sonho de conhecer a Minnie escorrer pelos meus dedos. A frase final veio da seguinte forma: “como você fez isso? sua vida não tem o menor sentido, isso não tem como dar certo” (balançando a cabeça, vale recordar). Como mais um daqueles momentos que tudo para num milésimo de segundo me senti no Matrix, de frente para o Morpheus, naquela cena cláaassica, e sendo indagada: - “eu imagino que deva estar se sentido um pouco como alice, meu caro Neo, escorregando pela toca do coelho...se tomar a pílula azul fim da história, você volta para sua cama e será como se nada tivesse acontecido. Se tomar a pílula vermelha fica no país das maravilhas e vou te mostrar onde vai a toca do coelho”. Talvez minha vida não tenha mesmo o menor sentido, mas nem tudo se resume a ter sentido por aqui, não é mesmo? É incerta sim, mas não seria essa a maior característica da vida?
Voltei do meu milésimo de segundo e respondi ao cidadão que balançava sem parar a cabeça: “Sou empreendedora e essa “incerteza” faz total sentido para mim”. Em resposta a Alice o Gato de Cheshire respondeu: “Isso depende muito do lugar para onde você quer ir”. Hoje sei para onde quero ir e assim fica muito mais fácil enxergar o caminho que devo, e quero, seguir...as escolhas que quero fazer. Ser empreendedora é um jeito de viver e conviver, uma forma de expressão de pensamentos, atitudes, inquietudes, ações. Na minha história ela é orgânica, natural, desconfortável sempre e por isso tão atraente. Não digo que é fácil, pois seria mentira. Mas é a nota que vibra em mim...fazer o que rsrs. Como Neo, tomei minha pílula vermelha e mergulhei sem volta no buraco do coelho chamado empreendedorismo. Ahhhh! E o visto?! Depois de tanto balançar a cabeça talvez a pulga tenha ficado atrás da orelha, mas para minha sorte a incredulidade fez sentido... “visto concedido, próximo”. Texto publicado originalmente em 18 de agosto de 2020 no Blog Jardim do Brasil. Por Willian Gomes. Voltamos para falar da pimenta de macaco, em algumas regiões conhecida também como pindaíba ou embira. Essa árvore ocorre de forma nativa nos biomas Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal e Cerrado. Porém, a espécie não é endêmica do Brasil, possui registros na América Central e em países da América do Sul. A pimenta de macaco ocupa a categoria de pouco preocupante na lista vermelha da IUCN para espécies ameaçadas de extinção.
A utilização da pimenta de macaco como condimento é consagrada na cultura popular. A aplicação medicinal é bastante relevante, das sementes é retirado um extrato etanólico usado no combate ao Trypanosoma cruzi agente etiológico da doença de Chagas. Da casca é retirado um extrato etanólico usado bastante ativo contra o Plasmodium falciparum que causa a Malária em humanos. O banho das folhas é usado para tratar de edemas na pele, e no tratamento de hemorroidas. O extrato dos frutos pode atenuar a resistência à glicose e inflamação do fígado, problemas comumente associados à obesidade. A madeira é leve, fácil de trabalhar, muito usada na confecção de caixas leves e forros. A literatura relata ainda o uso artesanal, aromático, cosmético, forrageiro, fibra, oleaginoso e ornamental da pimenta de macaco. A espécie deve ser considerada para plantios de recomposição vegetal nos biomas aonde é nativa. A espécie tem preferência por solos pobres e bem drenados. Não apresenta associação com fungos micorrízicos. No Cerrado a floração ocorre de maio a dezembro e a frutificação entre abril e julho. Suas flores são polinizadas por besouros e seus frutos dispersos pela fauna. A época de coleta de sementes é entre abril e julho, orienta-se que os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore, seguido de armazenamento em saco plástico para amolecer e facilitar a retirada manual das sementes com o auxílio de peneira em água corrente. Após esses procedimentos, deve-se colocar as sementes para secagem à sombra. As taxas de germinação da pimenta de macaco são consideradas irregulares, e variam entre 20 e 49%, a emergência ocorre 15 dias após a semeadura. As sementes possuem embriões com dormência morfofisiológica. Estima-se que um quilo possa render até 22.000 sementes. As sementes de pimenta de macaco são consideradas intermediárias, apesar disso, podem ser armazenadas em câmara fria por tempo indeterminado. Gostou do texto? Conhecia a pimenta de macaco? Sabe alguma informação que não mencionamos? Deixe suas opiniões nos comentários. Abraços e até o próximo post. A verdenovo possui sementes de pimenta de macaco à pronta entrega, não perca tempo e garanta hoje mesmo as suas. Atualmente a verdenovo comercializa sementes de mais de 130 espécies, entre em contato conosco pelos nossos canais. Por Willian Gomes & Barbara Pachêco Para você que estava com saudades retomamos os textos aqui no Blog! =).
Hoje falaremos da Mamica de porca, esta árvore que é nativa dos biomas Amazônia, Cerrado e Pampa. Porém, pode ser encontrada em todo território nacional e possui ocorrências confirmadas em toda América Latina. Chamada assim pela semelhança dos espinhos no seu tronco com as “tetas” de porca. A Mamica de porca apresenta vasto uso medicinal, da casca é extraído um composto usado no tratamento da leishmaniose. Da casca também podem ser isolados dois metabólitos, que podem ser úteis nos primeiros socorros para vítimas de picadas da cobra coral (Micrurus carallinus), e das folhas é retirado óleo volátil, com ação terapêutica em função de sua citotoxicidade contra células tumorais. A madeira da Mamica de porca é leve, dura e flexível, mas com pouca resistência à umidade. Usada especialmente na confecção de carrocerias, cabos de ferramentas e em obras de marcenaria e carpintaria. Devido ao formato e a densidade de sua copa, a árvore possui potencial ornamental e deve ser considerada para paisagismo e arborização urbana. Seus frutos são consumidos por aves, característica que revela a aptidão da espécie para ser usada em plantios de recomposição vegetal. A literatura indica que a Mamica de porca possui muita resistência ao fogo sendo a rebrota o principal mecanismo de regeneração pós-incêndio. Estudos sugerem que a espécie apresenta alelopatia. A espécie ocorre em solos pedregosos de encostas e é indiferente quanto à exigência nutricional. No Cerrado, a floração da Mamica de porca ocorre entre agosto e fevereiro, e a maturação dos frutos entre fevereiro e abril. A coleta de sementes deve ser realizada diretamente da planta, quando iniciar a abertura espontânea dos primeiros frutos. Recomenda-se que os frutos sejam deixados no sol por alguns dias, esse procedimento facilitará a liberação das sementes. As sementes podem ser armazenadas por tempo indeterminado em câmara fria. As taxas de germinação são consideradas baixas e variam entre 10 e 19%, a emergência ocorre entre 30 e 60 dias após a semeadura. Um quilo pode render aproximadamente 71.000 sementes. Gostou do texto? Conhecia a Mamica de porca? Conta pra gente nos comentários! Abraços e até breve com mais uma espécie da nossa lista. Precisa de sementes? Garanta agora mesmo sua encomenda, encaminhe um e-mail para [email protected] e solicite suas sementes. Por Willian Gomes. Hoje vamos falar do guanandi ou landim, a primeira madeira de lei do Brasil. O guanandi é uma espécie arbórea que está distribuída em florestas tropicais do sul do México até o norte de Santa Catarina, ocorre nos biomas Mata Atlântica, Amazônia, Caatinga e Cerrado. Pode ser encontrada em quinze estados e no Distrito Federal.
A madeira do guanandi é usada para confecção de canoas, mastro de navios, em obras internas, marcenaria e carpintaria. A árvore é ornamental e muito utilizada na arborização urbana. O guanandi é medicinal, suas folhas são empregadas no tratamento de diabetes e têm potencial para ser uso no combate à leishmaniose. Possui atividade moluscicida contra o vetor da Esquitossomose Mansônica no Brasil. Popularmente partes da planta são empregadas no combate de males como hemorroidas e úlceras. Ademais, o guanandi ainda possui uso como oleaginosa, resina, tanífero e forrageiro. Seus frutos são dispersos pela fauna, especialmente por morcegos. Sua polinização é realizada por abelhas. A espécie é indiferente quanto à exigência nutricional, de modo geral é pouco responsiva ao incremento de nutrientes. No Cerrado, a floração ocorre entre setembro e março, e a frutificação entre maio e agosto. O período ideal para coleta de sementes é entre maio e agosto. Os frutos podem ser colhidos do chão e diretamente da árvore, com o auxílio de um podão, a coleta deve ser realizada após a queda espontânea dos primeiros frutos, visto que os frutos não mudam de coloração após a maturação. O guanandi possui uma semente por fruto, apesenta dormência relativa e tegumentar (limita a entrada de água). O guanandi é considerado recalcitrante. Contudo, os frutos podem ser armazenados em câmara fria por tempo indeterminado. No caso das sementes beneficiadas, devem preferencialmente ser armazenadas com endocarpo por no máximo três meses. A germinação ocorre após 43 dias nas sementes sem o tegumento e 104 dias em sementes com tegumento, com taxas que variam entre 50 e 80%. A literatura relata sucesso na propagação vegetativa do guanandi. Você conhecia o guanandi? Tem alguma curiosidade sobre essa espécie que gostaria de compartilhar conosco? Deixe suas impressões nos comentários! Por Willian Gomes. O Registro Nacional de Sementes e Mudas (RENASEM) é uma das atividades do Sistema Nacional de Sementes e Mudas. É exigido para pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades de produção, beneficiamento, embalagem, armazenamento, análise, comércio, importação e exportação de sementes e mudas. O RENASEM foi instituído por meio da lei nº10.711/03.
Apesar da inscrição no RENASEM ser obrigatória para atividades ligadas a sementes e mudas, existem algumas exceções. Agricultores familiares, assentados da reforma agrária e os indígenas que distribuam sementes ou mudas entre si, estão isentos da inscrição no RENASEM. A exemplo de pessoas físicas ou jurídicas, que importem sementes ou mudas para uso próprio em sua propriedade. A inscrição no RENASEM é realizada junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para as seguintes atividades: - Armazenador de sementes: pessoa física ou jurídica que armazena sementes para si ou para terceiros; - Beneficiador de sementes: pessoa física ou jurídica que presta serviços de beneficiamento de sementes ou mudas para terceiros, assistida por responsável técnico; - Coletor de sementes: pessoa física ou jurídica que realiza a coleta de sementes; - Comerciante: pessoa física ou jurídica que exerce o comércio de sementes ou mudas; - Produtor de sementes: pessoa física ou jurídica que, assistida por responsável técnico, produz semente destinada à comercialização; - Produtor de mudas: pessoa física ou jurídica que, assistida por responsável técnico, produz muda destinada à comercialização; - Reembalador: pessoa física ou jurídica que, assistida por responsável técnico, reembala sementes. Para todas as atividades é preciso um responsável técnico, que deverá obrigatoriamente ser engenheiro agrônomo ou engenheiro florestal registrado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Crea. Outro dever do credenciado no RENASEM, é de até o 30 de março do ano subsequente, encaminhar os relatórios anuais de produção e comercialização, ao órgão de fiscalização da Unidade da Federação onde se realizou a produção de sementes, de material de propagação vegetativa ou de mudas. A declaração de fonte de sementes terá validade de três anos, após esse período é necessário realizar a renovação. No mínimo uma vez por ano, o responsável técnico deverá realizar vistoria da produção de sementes, do material de propagação vegetativa ou de mudas com emissão do Laudo de Vistoria conforme a Instrução Normativa MAPA nº 17 de 26 de abril de 2017. Ainda que regulamentado, o RENASEM apresenta gargalos, em grande parte, associados as dificuldades de cumprir a legislação. Atualmente a legislação exige, por exemplo, testes em laboratórios certificados, no entanto, existem poucos laboratórios aptos, e há também defasagem nos protocolos dos testes de germinação para muitas espécies nativas. Acredita-se que isso ocorra porque o marco legal vigente foi baseado na produção florestal industrial e não na cadeia de produção da restauração com espécies nativas. Outra dificuldade é a restrição de engenheiros agrônomos e florestais como responsáveis técnicos, isso limita a atuação de outros profissionais ligados à área ambiental. Contudo, é preciso que o caráter normativo da cadeia de produção de sementes e mudas para restauração evolua prontamente, pois somente assim o Brasil conseguirá respeitar o compromisso internacional de restaurar 12 milhões hectares até 2030. Parafraseando o escritor português José Saramago “Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo”. E aí está gostando dos textos? Você já sabia o que é RENASEM? Conhecia a importância desse documento? Deixe suas impressões nos comentários! Por Willian Gomes. O ano de 2020 começou, oportunidade para retomar os textos aqui no blog sobre as espécies do nosso catálogo. A espécie de hoje é o pequi. Esta árvore de tronco tortuoso é considerada um símbolo do Cerrado. O pequi possui grande importância econômica e cultural para as populações locais do Cerrado.
Sua ocorrência abrange catorze estados da federação, estima-se que esteja presente de 20 a 25% do território nacional, mas não é endêmico do Cerrado, e pode ocorrer em savanas da Costa Rica ao Paraguai. No Cerrado, o pequi aparece em diferentes fitofisionomias, sendo mais facilmente encontrado no Cerrado sentido restrito. A polpa dos frutos é considerada iguaria regional. Sua polpa possui grande valor nutritivo, é importante fonte de vitaminas A e C. Chama atenção o fato do teor de vitamina C no pequi ser maior que na laranja. A madeira possui boa durabilidade natural, macia e moderadamente pesada, usada para caibros, em postes, em esteios de curral e em mourões. A casca do pequizeiro é tintorial, fornece tinta e pode ser usada em curtume. O pequi é melífero, visto que produz pólen e néctar. O óleo extraído do pequi possui aplicação na indústria de cosméticos, especialmente na produção de sabonetes e emulsões. É medicinal, no combate à gripe e doenças pulmonares, possui propriedades antiabortivas e afrodisíacas. O óleo do pequi ainda apresenta grande potencial para uso como biocombustível. Os frutos do pequi são dispersos pela fauna, em especial por gambás (Didelphis albiventris) e pela gralha-do-cerrado (Cyanocorax cristatelus). Sua polinização é realizada por morcegos. O pequi possui baixa exigência nutricional, a espécie é adaptada a solos com baixo pH e baixos níveis de fósforo, típicos do cerrado. A floração do pequi ocorre de agosto a novembro, com pico em setembro, a frutificação acontece entre outubro e fevereiro. O período ideal para coleta de sementes é entre outubro e março, a coleta deve ser realizada exclusivamente de frutos caídos no chão. Um fruto do pequi contém em média de uma a quatro sementes. As sementes possuem dormência, em condições naturais, a germinação do pequi ocorre após oito meses com taxas de 30 a 54%. As sementes podem ser armazenadas por até um ano em local seco e sombreado. E aí o que achou do texto? Gosta de pequi? Sabe alguma curiosidade sobre o pequi que não falamos? Gostaria de compartilhar conosco? Deixe seu registro nos comentários ou nos envie por e-mail. Se precisa de sementes de pequi e não sabe onde encontrar, a verdenovo tem em estoque. Não perca tempo e solicite as suas agora mesmo no e-mail: [email protected]. Por Willian Gomes & Barbara Pachêco. O trabalho com sementes nativas é um universo inovador, principalmente quando se trata de estudar as melhores operações para os processos de colheita, beneficiamento e armazenagem. Cada espécie traz consigo uma gama de diferenças anatômicas, estruturais, fisiológicas, morfológicas, genéticas, e estas diferenças se refletem na escolha das melhores técnicas para as etapas pré e pós colheita.
A qualidade da semente nativa pode ser afetada por diversas operações desde a colheita, secagem, beneficiamento, armazenagem, além dos aspectos genéticos e da ecologia da espécie. Dentro do trabalho com sementes nativas o beneficiamento é um dos processos mais relevantes, pois a qualidade do lote de sementes e o seu grau de pureza podem influenciar na quantidade indicada para semeadura direta, na qualidade sanitária, física e fisiológica, no tempo de armazenagem e na viabilidade das sementes ao longo do tempo. Durante o beneficiamento, as sementes são submetidas a procedimentos manuais ou mecânicos que, quando não ajustados corretamente à espécie, podem não efetuar a limpeza necessária, a correta classificação e, até mesmo, provocar danos às sementes, afetando o seu poder germinativo e seu vigor. A dificuldade se torna maior, pois muitas tecnologias ainda não foram adaptadas para atender as particularidades das espécies nativas e por isso a tarefa de limpeza das sementes é quase artesanal. Uma das grandes vantagens do beneficiamento é combater a predação de sementes, que é um processo natural que reduz o número de sementes viáveis disponíveis. Insetos, roedores e aves são os principais predadores de sementes. Além da predação, os animais consumidores das sementes podem atuar também como dispersores das mesmas. A predação de sementes pode ser distinta em plantas da mesma espécie, mesmo se os exemplares apresentarem mesmo porte, estiverem próximos e no mesmo ambiente. A intensidade de predação é maior embaixo da planta mãe onde ocorre maior densidade de sementes e assim, à medida que aumenta a distância da planta, essa densidade diminui causando um decréscimo na predação das sementes. O beneficiamento também agrega valor às sementes comercialmente. Estima-se que sementes beneficiadas possam valer pelo menos cinco vezes mais que sementes sem beneficiamento. Apesar disso, alguns produtores de sementes acreditam que o processo onera o custo da semente para o consumidor final. No entanto, essa visão está sendo cada vez mais desmistificada à medida que aumenta a demanda por sementes beneficiadas. Nós da VerdeNovo trabalhamos com lotes beneficiados no mais alto grau de pureza, buscando atender as exigências da legislação e oferecendo o melhor para nossos clientes. No Brasil, a (Lei 10.711/03), regulamenta as atividades de beneficiamento de sementes. O beneficiamento é um processo fundamental na cadeia produtiva de sementes nativas e pode ser um diferencial de mercado para alcançar novos consumidores. E aí o que têm achado dos nossos textos? Deixe suas impressões registradas nos comentários ou através do nossas redes sociais, sua opinião é muito importante para gente! 2019 está terminando, foi um ano próspero para nós da VerdeNovo, estamos preparando muitas novidades para 2020. Desejamos Boas Festas e uma excelente virada de ano! A VerdeNovo retomará suas atividades a partir do dia 6 de janeiro. Por Willian Gomes. Entre 21 e 27 de outubro de 2019 foi realizada no pavilhão de exposições do Parque da Cidade em Brasília a 16ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), e a VerdeNovo marcou presença, no estande “Museu do Cerrado” dentro do espaço da Universidade de Brasília.
A SNCT é um evento que ocorre desde 2004, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), é realizado em todo país. Esse ano o tema da SNCT foi “Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável”. Os visitantes que estiveram no estande puderam ver uma parte da coleção de sementes da VerdeNovo, que conta com sementes de espécies arbóreas, arbustivas, subarbustivas, herbáceas e palmeiras nativas do Cerrado. Além da exposição de sementes da VerdeNovo, estudantes de graduação da Universidade de Brasília apresentaram ao público outros aspectos do Cerrado como a fauna. O público que visitou o estande era bastante diversificado, composto em sua maioria por estudantes de escolas públicas do Distrito Federal. Estima-se que esse ano tenham passado pela SNCT 100 mil pessoas durante os sete dias do evento em Brasília. A VerdeNovo acredita que a difusão de conhecimento é a chave para despertar o interesse das futuras gerações na conservação dos recursos naturais. Por Willian Gomes. No último dia 23 de outubro, a CEO da VerdeNovo, Bárbara Pachêco, foi convidada para ministrar uma palestra no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) em Brasília. A palestra foi realizada no Hall de entrada do TJDFT, para um público de aproximadamente 20 pessoas.
A palestra intitulada “As sementes nativas como caminho próspero para 2030” apresentou os principais desafios para atingir as metas da Agenda 2030. Se você quiser entender melhor o que é a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) fizemos um post aqui no blog sobre o assunto. Inicialmente a palestra trouxe o histórico de criação dos ODS, desde a elaboração dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e os principais resultados alcançados por estes, passando pela Rio +20 até a criação da Agenda 2030 em 2015. Devido a capacidade de promover transformações na sociedade que as empresas possuem atualmente, integrar os ODS nas empresas pode ser fundamental para alcançar o desenvolvimento sustentável. No meio corporativo, os ODS cada vez mais são vistos como um diferencial de mercado. Empresas em todo mundo, vêm aderindo ao Pacto Global (UN Global Compact), essas organizações assumem o compromisso de alinhar sua estratégia de desenvolvimento aos ODS relacionados as atividades da empresa. A VerdeNovo tem suas atividades ligadas diretamente com o ODS 15, Vida Terrestre. Dentro do ODS 15 existem 9 metas, e para atingi-las, entre outros deveres, em 2015 o Brasil assumiu um compromisso perante o mundo de restaurar 12 milhões de hectares até 2030. Parte desse compromisso passa pelas sementes, que dependem de iniciativas como as desenvolvidas pela VerdeNovo. Como: i) fomentar a cadeia de coleta de sementes, com a capacitação de coletores de sementes de populações locais, proporcionando geração de renda, ii) ofertar sementes nativas em grande diversidade e iii) promover da restauração ecológica nos mais diferentes ecossistemas. Bárbara lembrou ainda que a restauração deve respeitar a fitofisionomia, desmistificando o pensamento equivocado de que é preciso plantar árvores em todo lugar, mesmo em ecossistemas campestres e savânicos. Durante a palestra, Bárbara destacou o papel lúdico que a semente possui na união das pessoas. Foram apresentados cases de sucesso, como das Redes de sementes do Cerrado e Xingu, além da VerdeNovo. O uso dos ODS representa uma quebra de paradigma do ponto de vista econômico, com transformação de uma economia linear em uma economia circular. Empresas signatárias do ODS, vão além de auferir lucro, buscam também um mundo melhor. E aí o que achou do texto? Conhece outro case de sucesso que não falamos? Deixe nos comentários! Ficamos por aqui hoje, até o próximo post! Por Willian Gomes & Bárbara Pachêco. No último dia 11 de setembro foi celebrado o dia do Cerrado, fizemos um post aqui no blog para falar da data, não viu? Você pode conferir clicando aqui.
As comemorações se estendem durante a semana. Algumas instituições promovem eventos para falar sobre o Cerrado. No último dia 9 de setembro, a CEO da VerdeNovo, Bárbara Pachêco, foi convidada para falar na semana do Cerrado da Universidade de Brasília. Bárbara é ex-aluna do curso de Ciências Biológicas e contou um pouco da sua trajetória profissional, desde as primeiras experiências profissionais ainda na graduação, até os dias atuais como CEO da VerdeNovo. A palestra com o tema “Restauração ecológica e sementes nativas: bussiness vs. impactos positivos, é possível?” foi realizada no Instituto de Biologia da Universidade de Brasília. Cerca de 40 pessoas estiveram presentes, o público era bastante homogêneo, composto por estudantes de graduação em sua maioria do curso de Ciências Biológicas, além de empreendedores. A palestra abordou os desafios e oportunidades na área de conservação. Atualmente as empresas têm buscado cada vez mais a inclusão da responsabilidade social e ambiental em seus processos e produtos. Isso se deve especialmente à um consumidor cada vez mais exigente e consciente da importância dessas ações em prol de um mundo melhor. Essa iniciativa das organizações em oferecer produtos e serviços com essa pegada trouxe ao mercado uma onda de produtos e serviços sustentáveis sem precedentes na história da economia. Bárbara destaca que “a responsabilidade socioambiental deve estar enraizada na cultura organizacional da empresa”. Portanto, se a responsabilidade social e ambiental deve estar em todos os processos da empresa, a mudança deverá ser começar de dentro para fora. Algumas empresas, vão além e conseguem se adequar a um sistema de certificação, conhecido como Sistema B. Criado nos Estados Unidos, o Sistema B é um movimento global que visa redefinir o conceito de sucesso nos negócios e identificar empresas que utilizem seu poder no mercado para encontrar soluções para questões sociais e ambientais. O Brasil é o segundo país da América Latina com mais organizações certificadas no Sistema B, 129, destas 44 são da área de meio ambiente. O processo de certificação é rigoroso, as empresas assumem um compromisso de melhoria contínua e colocam o propósito de impactos positivos no cerne de seu modelo de negócio. As empresas devem responder um extenso questionário orgânico. Mesmo àquelas organizações que não conseguem a certificação num primeiro momento, tendem a realizar melhorias significativas em seus processos. Parcerias entre empresas e ONG’s podem ser ferramentas fundamentais na construção da responsabilidade social das empresas. Além disso, essas parcerias têm benefícios bilaterais, uma vez que, grande parte das empresas trazem pouco retorno para a sociedade enquanto as ONG’s têm muitas deficiências administrativas. Isso conduz a outro ponto de destaque da palestra, que foi sobre os setores da economia. O primeiro setor é composto pelo governo, o segundo setor pelas empresas privadas e o terceiro setor por ONG’s. No entanto, existem empresas com fins lucrativos que desenvolvem ações sociais e ambientais, essas organizações são chamadas de instituições dois e meio, ou seja, estão situadas entre o segundo e terceiro setor. No Brasil grande parte das instituições dois e meio são startups de impacto social e/ou ambiental. Existe um movimento local para que a legislação seja alterada, e as startups passem a ser consideradas como um novo formato jurídico de empresa. Atualmente as startups estão distribuídas em diferentes formatos jurídicos, desde microempreendedor individual (MEI) até sociedade anônima (SA) sem uma identidade própria. Por fim, cabe destacar aqui que Brasília vive um momento de profusão de eventos de tecnologia de impacto social e ambiental como a Campus Party em junho passado, inclusive a VerdeNovo esteve presente. E agora em setembro Brasília receberá o Empreendedoras Imparáveis e em outubro sediaremos o principal evento de inovação da América Latina o Innova Summit, além do Como Criar Sua Startup em Brasilia? Pergunte aos Líderes do Ecossistema. Ficamos por aqui, e aí gostou do texto? você tem alguma dúvida? Deixe nos comentários! Por Bárbara Pachêco, Simone Sousa & Willian Gomes. Hoje dia 11 de setembro se comemora o dia do Cerrado. A data foi criada em agosto de 2003 por meio de um decreto não numerado, do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O decreto instituiu que o Dia Nacional do Cerrado passaria a ser comemorado no dia 11 de setembro de cada ano.
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul em extensão territorial, atrás apenas do bioma Amazônia. Abrange mais de 2 milhões de km² e ocupa aproximadamente 23% do território nacional, estando presente em 10 estados e no Distrito Federal. O bioma tem papel fundamental para a conservação da biodiversidade, estima-se que o Cerrado possa concentrar 5% da fauna mundial e cerca de um terço da fauna brasileira. O Cerrado possui a flora mais rica dentre as savanas do planeta, com mais de 12.000 espécies identificadas, destas 44% são endêmicas (ou seja, só ocorrem aqui). Apesar da sua grande biodiversidade, nas últimas décadas o Cerrado vem sofrendo com atividades antrópicas, como a conversão de áreas naturais para agricultura e pecuária. Essas ações levaram o bioma a perder cerca de 46% da sua cobertura original até 2013. Cabe destacar que historicamente o bioma têm taxas de desmatamento superiores às da floresta Amazônica, mas com esforço de conservação bem menor. Em razão da extensiva degradação, em 2000 o bioma passou a ser considerado uma das áreas prioritárias para conservação hotspot. Os hotspots são uma classificação criada pelo ecologista britânico Dr. Norman Myers e adotada pela IUCN para áreas vulneráveis que abrigam grande biodiversidade. Os critérios para enquadramento são possuir pelos menos 1.500 espécies de plantas vasculares endêmicas e perder pelo menos 70% de sua vegetação nativa primária (ou seja, deve ter menos de 30% de sua vegetação original). No Cerrado apenas 19,8% permanecem inalterados. Atualmente existem 36 hotspots espalhados pelo planeta, dois destes estão no Brasil, além do Cerrado a Mata Atlântica. A velocidade de degradação do Cerrado tem despertado grande interesse dos conservacionistas e pesquisadores, alguns cenários indicam que se as degradações continuarem no ritmo atual, o bioma pode desaparecer até 2030. Nesse sentido, esforços coletivos para restaurar ambientes degradados no bioma Cerrado têm sido cada vez mais frequentes. Essa crescente necessidade permite a criação de novos nichos como o que a VerdeNovo está inserida. Ademais, o Cerrado é considerado o berço das águas e a caixa d’água do Brasil. No bioma existem ambientes aquáticos, como nascentes, lagoas efêmeras e ambientes brejosos (buritizais e veredas), assim como rios e riachos, formadores das principais bacias hidrográficas do Brasil. As bacias dos rios São Francisco, Araguaia, Tocantins e Paraná (rio Prata) nascem no Cerrado. Essa abundância hídrica é fundamental no abastecimento humano, na geração de energia e na produção agrícola. Estima-se que o Cerrado seja responsável por 14% da capacidade hídrica brasileira. É fato que o Cerrado vem perdendo um pouco a cada dia, e pode chegar o dia que não teremos o que perder. Nós da VerdeNovo acreditamos que dia do Cerrado é todo dia e os esforços para preservar áreas naturais e recuperar áreas degradadas devem ser encorajados em todos os 365 dias do ano. Por Willian Gomes. No último mês de junho fizemos uma postagem aqui no blog sobre a Rio-92 e sua importância para consolidar o conceito de desenvolvimento sustentável. Não viu? Você pode conferir clicando aqui. Em setembro de 2015, durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, em Nova Iorque, na sede das Organização das Nações Unidas (ONU), foi proposta aos países membros uma nova agenda de desenvolvimento sustentável para os próximos 15 anos, vigente desde 1 janeiro de 2016. Denominada Agenda 2030, é composta de 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) e 169 metas. Os ODS foram resultado da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada em 2012 no Rio de Janeiro. As negociações duraram mais de dois anos e contou com a colaboração de membros da sociedade civil. Os ODS foram inspirados nos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), definidos pelos países-membros da ONU em setembro de 2000. Os temas dos ODS são divididos em quatro dimensões principais: ambiental, econômica, social e institucional, esta última diz respeito a capacidade de pôr em prática os ODS. Os ODS servirão como prioridade das políticas públicas internacionais até 2030. No Brasil, a governança para implementação dos ODS foi instituída por meio do Decreto nº 8.892, de 27 de outubro de 2016, que criou a Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CNODS). Para alcançar as metas e objetivos propostos, será preciso um esforço coordenado das esferas governamental, iniciativa privada, ONGs além da sociedade civil.
As empresas desempenharão um papel fundamental no cumprimento das metas e objetivos. Contudo, nós da VerdeNovo, estamos inseridos no setor privado, e somos conscientes da importância dos ODS para um mundo melhor. As empresas podem utilizar os ODS como um quadro global para moldar, conduzir, comunicar e relatar as suas estratégias, objetivos e atividades. Conhecia os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? Sabe alguma informação relevante sobre os ODS que não mencionamos? Faça um comentário, sua opinião é importante para gente! Bibliografia Consultada Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Ministério das Relações Exteriores. Disponível em: <https://bit.ly/2CgNH9A>. Consultado em 26/06/2019. Roma, J. C. (2019). Os objetivos de desenvolvimento do milênio e sua transição para os objetivos de desenvolvimento sustentável. Ciência e Cultura, 71(1), 33-39. https://dx.doi.org/10.21800/2317-66602019000100011 Por Willian Gomes. No último sábado, 24 de agosto, a VerdeNovo participou do Oops (do inglês Out of PaperS), que é um programa de Pré-aceleração de Projetos do Centro Universitário do Distrito Federal – UDF. A VerdeNovo foi um dos treze projetos selecionados para participar da segunda rodada. O Oops tem como objetivo a capacitação dos empreendedores para colocarem suas ideias de negócio no mercado de forma rápida e consistente.
Esta é a segunda participação da VerdeNovo em programas de aceleração, em novembro de 2018 a empresa participou do Programa de Pré-Aceleração para Negócios de Impacto Social do Distrito Federal, denominado “Impacta Cerrado”. É também a segunda vez, que a empresa é selecionada para etapa final de um programa de aceleração. Isso demonstra a força da VerdeNovo como startup de impacto social e ambiental, e revela o potencial que as atividades desenvolvidas pela empresa têm para crescer nos próximos anos. No contexto atual que a VerdeNovo se encontra, como startup, a participação da empresa em programas de aceleração são de grande importância. No estudo de Battistella e colaboradores (2017) os autores entendem como startup organizações que se enquadrem nesses critérios: i) possuem um modelo de negócio escalável; ii) possuem uma base de clientes que seja fácil de aumentar; iii) são repetíveis no tempo; e, iv) são empresas lucrativas. Contudo, as startups convivem num cenário de incertezas e estão sujeitas a percorrer um caminho de grandes dificuldades, muitas vezes desacompanhadas. Os programas de aceleração proporcionam momentos de aprendizagem e permitem realizar ajustes e correções de trajetória em processos e serviços da empresa. Um bom mentor pode ver falhas e possibilidades, que muitas vezes os envolvidos na organização não percebem. Como dizia o escritor Norte-Americano, Mark Twain: “O que causa problemas não é aquilo que sabemos, mas aquilo que temos certeza que é verdade”. Gostou do Post? Já havia ouvido falar em programas de aceleração? Conhece algum case de sucesso? Tem alguma dúvida? Deixe nos comentários! Por Willian Gomes. Hoje falaremos sobre o capim Orelha-de-coelho (Paspalum stellatum). O nome Orelha-de-coelho remete a semelhança que a inflorescência da planta possui com as orelhas de coelhos. Esta erva é nativa do Cerrado, mas está presente de forma exótica nos biomas Amazônia, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Não é endêmica do Brasil, têm ocorrências confirmadas em toda América Latina, do México ao Uruguai.
O capim Orelha-de-coelho é usado como forrageiro para bovinos. A espécie deve ser considerada para recuperar áreas degradadas em formações campestres de Cerrado. Apresenta grande potencial de uso em arranjo de sempre-vivas. Suas sementes são dispersas pelo vento, bem como sua polinização. As sementes têm dormência, que tende a ser quebrada com o armazenamento. Esse comportamento tem sido observado em grande parte das espécies herbáceas do Cerrado. Portanto, recomenda-se realizar a semeadura de sementes armazenadas por pelo menos um ano, o que garante melhores taxas de germinação. A germinação do capim Orelha-de-coelho acontece, em média, 10 dias após a semeadura. Com taxas de germinação que podem chegar a 68%. As sementes podem ficar armazenadas por até 17 meses, mantendo boas taxas de germinação. Após dois anos há um declínio do potencial germinativo e as taxas não ultrapassam os 30%. Conhecia o capim Orelha-de-coelho? Sabe algo sobre o capim Orelha-de-coelho que esquecemos de falar? Faça comentários! A VerdeNovo tem sementes de Orelha-de-coelho a pronta entrega. Entre em contato conosco por e-mail e solicite já as suas. Por Willian Gomes. Hoje falaremos da lobeira ou fruta do lobo (Solanum lycocarpum), conhecida assim por ser o alimento preferido do lobo-guará (Chrysocyon brachyurus). A lobeira é uma espécie é endêmica do Cerrado, embora ocorra em outros biomas de forma domesticada. Está presente nas formações vegetais: Campestre, Savânica e Florestal.
A lobeira é muito usada em plantios de recuperação de áreas degradadas. Seus frutos apresentam propriedades nutritivas e farmacêuticas. O polvilho extraído do fruto é usado na medicina popular no controle de diabetes, obesidade e no combate à hepatite, asma e a tosse. O suco do fruto é utilizado para eliminação de verrugas, sendo usado de forma externa. A lobeira tem atividade vermífuga no lobo-guará, ajuda no combate a infestação de Dioctophyme renale, um verme renal letal, exigindo que os animais se alimentem de lobeira diariamente. Além do lobo-guará, a dispersão da lobeira é realizada pela a anta (Tapirus terrestris), cachorro do mato (Cerdocyon thous), raposas (Lycalopex vetulus) e lagarto teiú (Tupinambis merianae). A espécie frutifica durante o ano todo. A coleta de frutos deve ser realizada de frutos diretamente do solo. Os frutos da lobeira devem permanecer em sacos plástico, até a decomposição da polpa, para saber mais sobre o beneficiamento da lobeira assista esse vídeo. As sementes germinam em média 20 dias após a semeadura. Têm dormência física, que pode ser superada com escarificação mecânica. A taxa de germinação em geral é considerada boa (entre 50 e 80%). Apesar de suas sementes serem ortodoxas (suportam armazenamento), perdem a viabilidade totalmente após 18 meses. Contudo, podem permanecer por tempo indeterminado em câmara fria. Estudos indicam que as folhas da lobeira têm atividade alelopática e inibem o desenvolvimento de outras espécies. Entretanto, existem pesquisas demonstram que na ecologia a lobeira é considerada uma planta enfermeira. As plantas enfermeiras são facilitadoras no sistema, permitem que outras espécies se desenvolvam ao seu entorno, fornecendo condições favoráveis (como sombra ou umidade) para indivíduos de outras espécies. Espécies enfermeiras são prioritárias para serem usadas na recuperação de áreas degradadas. Conhecia a lobeira? Tem alguma informação interessante? Compartilhe conosco, deixe nos comentários. A VerdeNovo têm sementes de lobeira à pronta entrega, faça já sua encomenda por e-mail. Por Willian Gomes. Esta é a terceira vez que a campus party é sediada em Brasília. No último sábado, 22 de junho, a VerdeNovo participou de um painel sobre startups de impacto social e ambiental. O evento foi realizado no Estádio Nacional Mané Garrincha, no stand do governo do Distrito Federal (GDF). A VerdeNovo foi convidada pelo Presidente da Associação de Startups e Empreendedores Digitais (ASTEPS), Hugo Giallanza, para participar do painel. No momento, a VerdeNovo tem iniciado atividades com coletores de sementes de populações locais. Com o intuito de expandir a capacidade de coleta, e em contrapartida gerar renda alternativa para populações locais. Parte da discussão girou em torno da importância do modelo de negócios. No Brasil atualmente existem milhões de quilômetros quadrados que precisam ser recuperados, a maioria estratégias de recuperação de áreas degradadas adotadas, ainda envolvem majoritariamente o uso de mudas. O emprego de mudas pode encarecer a restauração de uma área de duas a três vezes, em comparação com o custo do uso de sementes. Algumas espécies como Baru e Caju por exemplo, têm sistemas radiculares sensíveis a repicagem e é preferível executar o plantio direto. O grande diferencial da VerdeNovo têm sido trabalhar com todos os extratos, sementes de árvores, arbustos, subarbustos e ervas. Ainda impera um olhar muito voltado para árvores, que precisa ser desmistificado. Em razão do grande passivo ambiental do Brasil, são necessárias toneladas de sementes, seja para fazer mudas ou para semeadura direta. Mesmo a VerdeNovo como uma das poucas empresas privadas do ramo, junto com ONGs (como a Rede de Sementes do Xingu e Rede de Sementes do Cerrado) e outras empresas não conseguiriam suprir essa demanda. Nesse cenário, surge a necessidade de se escalonar o processo de coleta de sementes, que seria possível por meio de parcerias com coletores locais. Um fato que não poderíamos deixar de mencionar é a força do empreendedorismo feminino, que tem ganhado cada vez mais espaço em eventos como este. As representantes das três empresas que participaram do painel eram mulheres. Além da VerdeNovo, integraram o painel as ONGs Pisco de Luz e Baleia Solidária. Para conhecer essas iniciativas basta clicar no nome dos projetos. E aí gostou da matéria? Conhece alguma ação social ou ambiental interessante que gostaria de compartilhar conosco? Deixe nos comentários. Abaixo tem um vídeo com um trecho da discussão. Por Willian Gomes. Não só de árvores e arbustos vive o Cerrado, existem ervas e subarbustos também. Estima-se que a diversidade de espécies herbáceas e subarbustivas seja de seis a sete vezes maior que a de árvores e arbustos. Hoje, falaremos sobre o capim-flechinha (Echinolaena inflexa). Esta erva está presente nos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, sendo mais comumente encontrada no Cerrado. É endêmica da América do Sul, além do Brasil, ocorre na Bolívia, Colômbia e no norte do continente sul-americano.
O capim-flechinha pode ser usado para recuperar áreas degradadas. Estudos demonstram que o capim-flechinha, diferente de outras gramíneas nativas, tem capacidade de coexistir com o capim-gordura (Melinis minutiflora). Todavia, pode ser usado em áreas degradadas para competir com gramíneas exóticas invasoras. Outro aspecto que chama a atenção, diz respeito ao metabolismo da planta, C3 quando grande parte das gramíneas têm metabolismo C4. A espécie apresenta grande potencial para uso paisagístico. Devido à grande produção de biomassa, seu uso como forrageira vêm sendo investigado. Acredita-se que a planta possa ultrapassar os 100 cm de altura. É perene e armazena amido como principal carboidrato de reserva em seus órgãos vegetativos. Suas sementes são dispersas por aves e não têm dormência. A germinação ocorre, em média, 20 dias após a semeadura, com taxas inferiores a 50%. Pesquisas indicam que melhores taxas de germinação são encontradas, após um ano armazenamento das sementes, mas que decrescem drasticamente a partir do segundo ano de armazenamento. As sementes podem germinar em profundidades de até 5 cm no solo. As sementes de capim-flechinha parecem apresentar perda de viabilidade após eventos de fogo, comuns no Cerrado. Ademais, o estabelecimento por reprodução vegetativa em áreas queimadas é três vezes superior a germinação por sementes. Conhecia o capim-flechinha? Tem alguma informação interessante sobre a espécie? Deixe nos comentários! A verdenovo tem sementes de capim-flechinha à pronta entrega, solicite já no e-mail: [email protected] Por Willian Gomes. Hoje 14 de junho, se completa 27 anos do encerramento da principal conferência sobre o meio ambiente já realizada, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), também conhecida como Rio-92. O evento foi realizado entre 3 e 14 de junho de 1992, na cidade do Rio de Janeiro, contou com a participação de mais de 100 chefes de estado. A conferência trouxe importantes contribuições para o meio ambiente materializada em documentos como a Carta da terra e a Agenda 21.
A Rio-92 foi convocada dois anos após a publicação do Relatório de Brundtland (elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, presidida pela então Primeira-Ministra da Noruega, Gro Brundtland). Nessa época, o mundo passava por um período de transição, com o fim da Guerra Fria e a assinatura do Tratado de Maastrich, importante na formalização da União Europeia. Havia o entendimento que era preciso conciliar desenvolvimento socioeconômico e utilização dos recursos naturais. Por que o Brasil? A decisão de se realizar o evento em território tupiniquim não foi um mero acaso. O Brasil, tradicionalmente é um dos países mais atuantes dentro do sistema das Nações Unidas, ocupou posição de particular importância nas discussões sobre o meio ambiente desde o primeiro momento. Além disso, o Brasil é considerado o maior repositório de biodiversidade do planeta, em função de suas grandes reservas de recursos naturais. A Rio-92 deu continuidade a conferência de Estocolmo (1972). A Conferência de Estocolmo foi a primeira grande reunião organizada pelas ONU para debater questões ambientais. Nessa conferência foram delineadas as primeiras ações para proteção dos recursos naturais. Como a proposta de desenvolvimento pautada na harmonia com a natureza pensando na atual e nas futuras gerações. Essa proposta foi sugerida após o entendimento que, hipoteticamente, se todos os países alcançassem o padrão dos países ricos haveria escassez de recursos. A Rio-92 discutiu metas para reduzir a emissão de CO2 e parâmetros para proteção da biodiversidade. Durante a conferência, chegou-se à conclusão que para alcançar o desenvolvimento sustentável era preciso integrar os componentes ambiental, econômico e social. De acordo com o livro Estocolmo, Rio, Joanesburgo: O Brasil e as Três Conferências Ambientais das Nações Unidas, de André do Lago (2007), a conferência do Rio “consagrou o conceito de Desenvolvimento Sustentável”. Isso contribuiu para ampla conscientização dos danos ao meio ambiente causados majoritariamente por países desenvolvidos. Na Rio-92 ficou acordado que os países em desenvolvimento deveriam receber apoio financeiro e tecnológico para alcançarem o desenvolvimento de forma alternativa desde que fosse sustentável, inclusive com a redução das emissões de CO2 por combustíveis fósseis (petróleo e carvão mineral). O que envolvia o uso sustentável de florestas e a compensação (via royalties), para países pobres, pelo uso de seus recursos naturais. A Rio-92 abriu caminho para o Protocolo de Kyoto (1997), que tinha a premissa de reduzir as emissões de gases do efeito estufa. A Rio-92 representou um marco para a conservação em escala mundial e merece nosso registro. A temática continuará em debate no nosso blog, nas próximas semanas faremos uma postagem sobre os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS). Conhecia a Rio-92? Sabe alguma informação interessante sobre o evento? Faça um comentário! Por Willian Gomes. Hoje começamos aqui no blog uma iniciativa que partiu da nossa diretora executiva, Bárbara Pachêco, e que tem feito sucesso no Instagram. A proposta é apresentar informações interessantes e curiosidades sobre as espécies que a verdenovo coleta. A partir de hoje, faremos postagens sobre espécies da nossa lista.
Hoje falaremos do Ipê-verde (Cybistax antisyphilitica). A espécie pertence a um gênero diferente dos outros ipês, que são Handroanthus ou Tabebuia. O menos conhecido entre os ipês, pode ser encontrado em cinco biomas brasileiros, e não ocorre de forma natural apenas no Pampa. Esta espécie arbórea não é endêmica do Brasil, possui ocorrência confirmada na Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Peru e Suriname. A espécie é reconhecida por suas propriedades medicinais. Usada como anti-sifilítica, anti-inflamatória, depurativa do sangue, dentre outros. Possui atividade larvicida contra o mosquito Aedes aegypti. Sua madeira pode ser empregada na construção civil para obras internas, ripas, carpintaria e pasta celulósica. Têm potencial de uso para arborização urbana, devido ao seu formato de copa. O Ipê-verde é amplamente empregado em programas de revegetação em áreas degradadas. A espécie têm preferência por solos arenosos e pedregosos. A floração ocorre normalmente entre dezembro e março. É polinizada por abelhas. A dispersão do Ipê-verde ocorre pelo vento. As sementes não têm dormência e a germinação acontece entre 7 e 26 dias. Suas sementes são consideradas recalcitrantes, com período limitado de armazenamento em condições naturais, em média 30 dias. Alguns estudos demonstram que o acondicionamento das sementes em saco de papel kraft é possível mantendo a temperatura (de 2°C a 24°C) e umidade relativa (entre 3% e 56%). Nessas condições as sementes podem ser armazenadas por no mínimo 151 dias, garantindo a qualidade fisiológica. Para informações sobre o beneficiamento do Ipê-verde, clique aqui. Sabe alguma curiosidade sobre o Ipê-verde que não falamos? Faça um comentário! Temos sementes de Ipê-verde à pronta entrega. Encomende as suas através do nosso e-mail: [email protected] Por Willian Gomes. Hoje, dia 5 de junho, comemora-se o dia internacional do meio ambiente. A data foi criada em 5 de junho de 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo. A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia internacional do meio ambiente que passou a ser comemorado todo dia 05 de junho. Nesse período emergiu em todo planeta a preocupação com questões ambientais motivado pelo surgimento do conceito de desenvolvimento sustentável.
A Conferência de Estocolmo foi percussora da ECO-92 realizada no Rio de Janeiro em 1992, no próximo dia 14 de junho trataremos com mais minúcia aqui no blog sobre a importância desse evento para conservação. A data foi criada com o intuito de estimular iniciativas individuais ou coletivas em defesa do meio ambiente. É um dia para repensar ações e desenvolver novos hábitos que devem fazer parte do cotidiano de todas as pessoas. As ações visam conscientizar a população dos problemas ambientais contemporâneos como aquecimento global, efeito estufa, mudanças climáticas, poluição do ar e água, desmatamento e desertificação. Esse ano a ONU promove a campanha RespireVida que visa mobilizar a população para reduzir o impacto da poluição do ar na saúde e no clima. A VerdeNovo apoia a iniciativa e por isso revemos nossos hábitos e atitudes para sermos melhores para o mundo! Por Willian Gomes Entre os dias 14 e 18 de maio foi realizada no Distrito Federal a maior feira agropecuária do Cerrado. A 12ª edição da Agrobrasília contou com cerca de 120 mil visitantes durante os cinco dias de exposição.
A VerdeNovo esteve presente no evento em parceria com o projeto Biomas da Embrapa, no stand “Recomposição da vegetação nativa do Cerrado”. O evento proporcionou a interação com o público diversificado que abrangeu curiosos, estudantes e produtores. Todos interessados na temática recomposição da vegetação nativa. Muitos produtores expressaram preocupação com o tema devido à obrigação legal (Lei 12.651/12) de recompor a reserva legal (RL) e recuperar as áreas de preservação permanente (APP’s). De modo geral, o entendimento de conservar a vegetação ripária para manutenção dos recursos hídricos, foi notório e também parece ser um fator relevante para realizar recomposição. Basta lembrar que a dois anos, Brasília passou pela pior crise hídrica de sua história. A VerdeNovo apresentou ao grande público a linha de sementes para paisagismo, fato que chamou à atenção de muitos que passaram pelo stand. Durante o evento, a empresa compartilhou conhecimento acerca de sementes nativas, desde informações sobre armazenamento de propágulos até estratégias para de quebra de dormência. O balanço que fica do evento, é que existe uma evidente conscientização dos produtores rurais. No entanto, é preciso fomentar e fortalecer a cadeia produtiva de sementes e mudas, para que as ações de recomposição sejam executadas na prática com sucesso. Por Willian Gomes A frase título do post é o slogan da VerdeNovo. Coletar sementes é o cerne da VerdeNovo. Trabalhar com sementes não é fácil, as dificuldades estão em cada fase da nossa atividade, desde a identificação das espécies em campo até a comercialização. Atualmente o comércio de sementes nativas da VerdeNovo atende a diversos públicos, como viveiristas, paisagistas, acadêmicos, consultores em restauração ecológica e demais interessados.
Na natureza as sementes têm papel fundamental na reprodução das plantas, estima-se que das mais de 12 mil espécies do Cerrado, pelo menos 80% se reproduzam por sementes. Sob a perspectiva humana, as sementes são fundamentais para nossa alimentação, pois compõem grande parte da dieta humana em todo mundo. As sementes possuem muitas particularidades, por exemplo a germinação, que pode ser imediata, mas também as sementes podem permanecer armazenadas no banco de sementes do solo aguardando o momento mais oportuno para germinar. As sementes nativas têm demonstrado grande potencial como fonte de renda financeira. Nós da VerdeNovo apostamos nesse potencial, pois acreditamos que o mercado de sementes e da restauração ecológica tem tudo para crescer e se consolidar nos próximos anos. Sementes podem ser encaradas como sinônimo de vida, a escassez delas no meio ambiente representaria um colapso sem precedentes na história da natureza. Como canta Rita Lee: "Se Deus quiser um dia eu viro semente, E quando a chuva molhar o jardim, ah, eu fico contente". Afinal, sem sementes não há vida! |
AutorWillian Gomes é o Diretor de Consultoria e Conhecimento da VerdeNovo. Arquivos
Setembro 2020
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Setembro 2020
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